quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Cadê a Ciclofaixa em Mauá?




Para os pedaleiros de plantão que residem em Mauá a Ciclofaixa foi uma ilusão, um verdadeiro tormento que não deu em nada por falta de planejamento. Infelizmente o município está indo na contramão dos administradores de cidades vizinhas e Capital, que estão instalando grande malha de ciclofaxias interligando as cidades para possibilitar que ciclistas tenham mais segurança em suas viagens, seja a trabalho ou a passeio. Mauá não tem Ciclofaixa e os ciclistas são obrigados a disputarem espaço com motoristas que não respeitam bicicletas ou mesmo as leis de trânsito, correndo alto risco de morrerem debaixo de rodas de caminhões e ônibus em alta velocidade em vias como as avenidas Alberto Soares Sampaio, Barão de Mauá e Capitão João.
Neste dia 19 de setembro é comemorado o Dia do Ciclista, mas nós ciclistas de Mauá não temos o quê comemorar, pois nos deparamos com uma Ciclofaixa localizada no bairro Sertãozinho, toda esburacada, escura e perigosa à noite e que não atende praticamente em nada a população de ciclistas da cidade. Mas esta falta de ter o que comemorar também é nossa, pois, como ciclistas ativos, não exigimos nossos direitos e somos complacentes com a administração pública na omissão de projetos realistas para a construção de uma Ciclofaixa que ligue Mauá as cidades vizinhas de Ribeirão Pires e Santo André por meio das vias Capitão João e João Ramalho. Simplesmente nos unimos em grupos de pedal e fazemos nossos passeios aos domingos e feriados sem maiores reflexões, sem cobranças e nos esquecendo de que os dias durante a semana também são feitos para pedalar pelo centro urbano.
É isso amigos ciclistas de Mauá vamos começar a nos unirmos em prol da construção de uma verdadeira Ciclofaixa em Mauá, afinal somos cidadãos que pagam seus impostos e temos direitos e vamos exigir do poder público faça sua parte.
 
Feliz Dia do Ciclista para todos os pedaleiros de Mauá!
 
 
Histórico da Ciclofaixa em Mauá
Inaugurada em 1º de junho de 2104 a Ciclofaixa ocupava uma boa parte da estrangulada e intransitável Avenida Barão de Mauá, que também há pouco tempo havia recebido uma faixa exclusiva de ônibus. Conclusão: no final do ano, ou seja, menos de seis meses depois da festejada inauguração a Ciclofaixa da Barão foi simplesmente desativada devido ao grande número de reclamações por parte dos comerciantes, pedestres, motoristas e pasmem, dos próprios ciclistas que viam no lugar uma grande ameaça de acidentes.
Os custos para a implantação da via para bicicleta custou na época R$ 500 mil por um período de 6 meses e foi uma parceria entre a Federação Paulista de Ciclismo com o governo do Estado, por meio da Selj (Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude).

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Abolição da Escravatura ou Abolição da Discriminação Racial no Brasil?



Hoje é comemorada no Brasil a dita “Abolição da Escravatura” no Brasil.
Mas em pleno século 21 será que realmente os negros estão libertos dos preconceitos que se refletiam nas chibatadas e outros castigos físicos e isolamento social, falta de direitos de outrora  ou a sociedade passou a utilizar-se de preconceitos velados que assolam diariamente em palavras, gestos, ações discriminatórias como são vistas ou sentidas pelos negros em seu cotidiano?
Sim, este dia é não somente para nós negros pensarmos, mas toda a sociedade brasileira que se diz livre de preconceitos, mas que na primeira oportunidade não titubeiam em acusar, maltratar com palavras, discriminar a um irmão que tem tão somente de diferente a cor de pele.
Mas não me furto de falar dos próprios negros que ainda não se conscientizaram de que são negros, que não aceitam suas características físicas, sua cultura, sua origem e insistem em “branquear” a raça assumindo cabelos lisos a base de tratamento químicos, procurando parceiros e parceiras brancos, para estarem no padrão social aceitável. É estranho falar que os negros também são preconceituosos com a própria raça, afinal o Brasil é um país de miscigenação e que a população é composta em sua maioria de negros vindos da África. Infelizmente ainda ouvimos no dia a dia: “Eu não sou negra/negro, sou moreno chocolate, pardo, morena clara” e outros padrões de cor vazios e sem fundamentos, pois independente da pele ser uma tonalidade mais clara ou mais escura somo negros e temos que nos orgulharmos disso e não simplesmente nos escondermos atrás de uma máscara preconceituosa, baixando ainda mais nossa autoestima. Quando perguntados qual sua raça não devemos vacilar, a resposta deve ser firme e dizer ou escrever: Negra/Negro, pois somente desta forma deixaremos de ser uma raça subjulgada e explorada por uma minoria dita branca, somente com esta postura galgaremos posições igualitárias dentro de uma sociedade brasileira que não se detêm em discriminar homens e mulheres da raça negra.
Ao invés de comemorarmos esta data 13 de maio, vamos utilizá-la para iniciarmos um processo de eliminação da discriminação racial de nosso país, um Brasil que é composto de tantas raças e cores que canta e encanta a todos com suas belezas naturais com o sorriso de seus habitantes. Não sejamos conhecidos e lembrados por atos discriminatórios de pessoas negras, mas sim, pela aceitação das diferenças raciais, do amor ao próximo.

Deixo aqui um pensamente de um homem admirável que lutos pelos negros: “Temos de aprender a viver todos como irmãos ou morreremos todos como loucos.” -  Martin Luther King