Para os pedaleiros de plantão que residem em Mauá a
Ciclofaixa foi uma ilusão, um verdadeiro tormento que não deu em nada por falta
de planejamento. Infelizmente o município está indo na contramão dos
administradores de cidades vizinhas e Capital, que estão instalando grande
malha de ciclofaxias interligando as cidades para possibilitar que ciclistas
tenham mais segurança em suas viagens, seja a trabalho ou a passeio. Mauá não
tem Ciclofaixa e os ciclistas são obrigados a disputarem espaço com motoristas
que não respeitam bicicletas ou mesmo as leis de trânsito, correndo alto risco
de morrerem debaixo de rodas de caminhões e ônibus em alta velocidade em vias como
as avenidas Alberto Soares Sampaio, Barão de Mauá e Capitão João.
Neste dia 19 de setembro é comemorado o Dia do Ciclista, mas
nós ciclistas de Mauá não temos o quê comemorar, pois nos deparamos com uma Ciclofaixa
localizada no bairro Sertãozinho, toda esburacada, escura e perigosa à noite e
que não atende praticamente em nada a população de ciclistas da cidade. Mas esta
falta de ter o que comemorar também é nossa, pois, como ciclistas ativos, não
exigimos nossos direitos e somos complacentes com a administração pública na
omissão de projetos realistas para a construção de uma Ciclofaixa que ligue
Mauá as cidades vizinhas de Ribeirão Pires e Santo André por meio das vias Capitão
João e João Ramalho. Simplesmente nos unimos em grupos de pedal e fazemos
nossos passeios aos domingos e feriados sem maiores reflexões, sem cobranças e
nos esquecendo de que os dias durante a semana também são feitos para pedalar
pelo centro urbano.
É isso amigos ciclistas de Mauá vamos começar a nos unirmos
em prol da construção de uma verdadeira Ciclofaixa em Mauá, afinal somos
cidadãos que pagam seus impostos e temos direitos e vamos exigir do poder
público faça sua parte.
Feliz Dia do Ciclista para todos os pedaleiros de Mauá!
Histórico da
Ciclofaixa em Mauá
Inaugurada em 1º de junho de 2104 a Ciclofaixa ocupava uma
boa parte da estrangulada e intransitável Avenida Barão de Mauá, que também há
pouco tempo havia recebido uma faixa exclusiva de ônibus. Conclusão: no final
do ano, ou seja, menos de seis meses depois da festejada inauguração a
Ciclofaixa da Barão foi simplesmente desativada devido ao grande número de
reclamações por parte dos comerciantes, pedestres, motoristas e pasmem, dos próprios
ciclistas que viam no lugar uma grande ameaça de acidentes.
Os custos para a implantação da via para bicicleta custou na
época R$ 500 mil por um período de 6 meses e foi uma parceria entre a Federação
Paulista de Ciclismo com o governo do Estado, por meio da Selj (Secretaria de
Esporte, Lazer e Juventude).