segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Dia Mundial de Combate à AIDS: previnir é preciso, ter preconceito jamais!


O dia 1º de dezembro é marcado pelo combate à Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), doença que se manifesta após a infecção do organismo humano pelo Vírus da Imunodeficiência Humana, mais conhecido como HIV.

A epidemia que surgiu em 1980, ou seja, há 20 anos atrás, tem apresentado profundas alterações, e suas características atuais diferem radicalmente das características. No início era uma doença que segregava um grupo de risco: os homossexuais. Mas hoje caracteriza-se por atingir as mulheres na mesma proporção que atinge os homens e predomina no grupo de heterossexuais.

A Aids é uma doença grave, que ainda não tem cura. Hoje existem remédios que controlam a doença, mas não curam, por isso, a prevenção é a melhor ferramenta na luta contra a doença. E o uso de preservativos, ou mais claro ainda, camisinha, em todas as relações sexuais ainda é a principal maneira de prevenir-se contra a Aids.

Mas em recente pesquisa feita pelo Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde um dado inquietou bastante a população que é o grande preconceito que os portadores do vírus HIV sofrem em seu cotidiano, em um universo de 8.000 pessoas entrevistadas em todos os Estados do país, 22,5% delas, não se pode comprar legumes e verduras em locais onde trabalhe um portador de HIV. Outras 19% disseram que alguém com Aids não pode ser cuidado na casa da própria família, e 13% acham que uma professora com HIV não pode dar aulas em nenhuma escola.

Este é um fato que assusta dentro de uma sociedade que se diz tão moderna quanto a brasileira, mesmo sabendo que a Aids se pega por meio de relações sexuais, por contato com o sangue ou pelo leite contaminado, o preconceito contra os portadores do vírus é muito grande. Ou seja, trabalhadores com o vírus não podem possuir empregos dignos para se sustentarem. Eles devem ser fadados a viver do auxílio dos governos? Eles têm que ficar isolados dentro da sociedade? São pessoas que ninguém quer perto de si? Fica aquela visão onde as pessoas afirmam com todas as letras que não têm preconceitos contra os aidéticos, que fazem questão de ajudá-los, mas, não as querem próximas de si em seu cotidiano. Isso é que podemos chamar de hipocrisia. É lastimável se deparar como uma realidade tão triste em pleno século 21.

Melhor Idade e a Aids - Uma outra informação sobre a Aids tem tomado corpo nos últimos dias foram registrados do aumento nos índices de contaminados com o vírus HIV, dentro do grupo de pessoas acima de 50 anos. Os dados são os seguintes: dos 47.437 casos de Aids notificados desde o início da epidemia em pessoas acima dos 50 anos, 29.393 (62%) foram registrados de 2001 a junho de 2008. Desse último grupo, 37% são mulheres e 63%, homens.

A preocupação com estes índices incitou o Programa Nacional de DST e Aids a fazer uma campanha direcionada a essa população, a ser lançada no Dia Mundial de Luta contra a Aids (1º de dezembro). Utilizando o slogan “Sexo não tem idade. Proteção também não”, o objetivo é despertar nos adultos maduros e nos idosos a importância do uso do preservativo nas relações sexuais.

Que todo este esforço surta efeitos benéficos no futuro e que as próximas pesquisas mostrem que os casos de Aids no país diminuiram, mas principalmente, que o preconceito contra os portadores do vírus tenha acabado definitivamente. Vamos refletir não somente no dia 1º de dezembro, mas sim, todos os dias do ano!

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