terça-feira, 22 de junho de 2010

Bibliotecas Comunitárias contra o analfabetismo funcional




A liberdade, a prosperidade e o desenvolvimento da sociedade e dos indivíduos são valores humanos fundamentais e só podem ser alcançados quando todos os cidadãos estiverem informados para exercerem seus direitos democráticos e para desempenhar em um papel ativo na sociedade. (manifesto da UNESCO).


por Kátia Ferraz

Dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) , do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontaram que o Brasil tem o grande desafio de combater o chamado analfabetismo funcional, que atinge 25% da população com mais de 15 anos, entre outras agravantes, constitui um problema silencioso e perverso que afeta o dia a dia nas empresas.

Neste universo não estamos incluindo pessoas que nunca foram à escola, mas sim aquelas que sabem ler, escrever e contar; chegam a ocupar cargos administrativos, porém não conseguem compreender a palavra escrita. Computadores provocam calafrios e manuais de procedimentos são ignorados; mesmo aqueles que ensinam uma nova tarefa ou a operar uma máquina. No entanto, este perfil de profissionais prefere ouvir explicações da boca de colegas.

Calcula-se que, no Brasil, os analfabetos funcionais somem 70% da população economicamente ativa. O resultado não é surpreendente, uma vez que apenas 20% da população brasileira possui escolaridade mínima obrigatória (ensino fundamental e ensino médio). Para 80% dos brasileiros, o ensino fundamental completo garante somente um nível básico de leitura e de escrita.

No mundo todo há entre 800 e 900 milhões de analfabetos funcionais, ou seja, uma camada de pessoas com menos de quatro anos de escolarização; mas pode-se encontrar também neste meio, pessoas com formação universitária e exercendo funções-chave em empresas e instituições, tanto privadas quanto públicas. Entre suas características, não têm as habilidades de leitura compreensiva, escrita e cálculos para fazer frente às necessidades de profissionalização e tampouco, da vida sociocultural às necessidades de profissionalização e tampouco, da vida sociocultural.

Muito se tem que fazer para reverter esse quadro, mas algumas iniciativas como a criação de bibliotecas comunitárias pelo país tem tido resultados significativos e atraído um público cada vez maior para o mundo da leitura.

http://geografia.uol.com.br/geografia/mapas-demografia/29/artigo158381-1.asp

Alerta Geral

Lourdes Ferreira

Esta situação acima citada é muito preocupante, em um país que deseja alcançar estatus de país de primeiro mundo. Nós sabemos que sem educação não se chega a lugar algum.

Temos consciência também que somos um país de pouca cultura, que a leitura não faz parte de nosso dia a dia. É fácil, basta questionarmos alguém sobre quantos livros ela leu até o momento: a resposta dificilmente será diferente de 1 ou nenhum livro lido.

As escolas pouco ou quase nada incentivam os alunos a lerem e quando fazem indicam os clássicos que para os alunos são leituras chatas e maçantes. Claro, salvo algumas raras exceções que encontramos país afora.

Daqui a alguns anos não teremos pessoas com qualificação sequer para trabalharem em serviços simples, porque não saberão compreender o que é exigido para a tarefa. Esta é uma triste realidade do Brasil que orgulha de ser o "país do futebol", mas que hoje encontra-se no patamar do país do analfabetismo funcional.

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